Fintechs usam o Pix para ofertar serviços antes dos bancos
- rafaelsantannamaga
- 23 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
O Pix virou febre no País. Em janeiro deste ano, foram 1,3 bilhão de transferências pelo sistema de pagamentos instantâneo, seis vezes mais do que no mesmo período de 2021, segundo o Banco Central.

Apesar de terem surgido junto com o Pix para transferências gratuitas, os demais formatos ainda engatinham nos grandes bancos, deixando uma janela de expansão para as fintechs.
O Pix parcelado é o principal modelo adotado por diversas empresas. Esse tipo de pagamento pode ser utilizado em lojas físicas e virtuais. Pelo modelo, o consumidor pode pagar o valor a prazo, mediante cobrança de taxas, enquanto o lojista recebe o valor à vista.
O recurso de pagar depois com o Pix pode ser como um empréstimo na conta ou um pagamento no cartão de crédito.
Até a onda de roubos de celulares visando transferências forçadas foi transformada em negócio. O Pic Pay, por exemplo, oferece um seguro contra Pix feito sob coação. Criado com a Kovr Seguradora, o produto custa a partir de R$ 4,90 mensais, cobrindo também outros crimes.
Na visão de Renan Manda, analista da XP Investimentos, é necessário informar com clareza as taxas cobradas em diferentes tipos de Pix, como o parcelado, para evitar que o consumidor fique confuso. Para ele, o atraso dos bancos na oferta de vários formatos de Pix está relacionado a questões de segurança. “Existem etapas do Pix que ainda não saíram porque os bancos precisam desenvolver seus sistemas junto ao BC, buscando encontrar falhas e inconsistências”, afirma Manda. Quem se antecipou à concorrência, como algumas fintechs e o Santander, fez isso na esperança de captar novos clientes, na visão do analista. Uma das mentes por trás do Pix, Carlos Netto afirma que o serviço trouxe uniformidade para os pagamentos, que ficaram mais baratos e democráticos. Para as fintechs, porém, o Pix também trouxe perda de receitas, pois a transferência do dinheiro pago ao lojista passou a ser feita de forma automática, e não mais em até 30 dias. A oferta do Pix no cartão pode ser uma chance de essas empresas compensarem essa perda de receita, pois seu uso embute a cobrança de taxas. Fonte: Infomoney (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.)
Comments